Hans Zinza: Ranzinzices contra tudo e a favor de quase nada

Hans Zinza: o Filósofo Faminto ainda vive!

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Re-forma Orto-gráfica ou Reforma Ortográfica?

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Deu (epa) no Jornal Nacional de ontem à noite, em matéria sobre a nova reforma ortográfica: A reforma aproximará nosso idioma escrito do idioma escro… ops, escrito nos demais países de língua lusófona que falam português em todo o globo (ou da globo) ao redor mundo e no planeta todo.
De forma simplista, o repórter resumiu a grande questão de português (ponto!) a dizer que as palavras que eram juntas ficarem separadas e as que eram separadas iriam ficar juntas. Caso de Contra-regra que se tornará o horrendum Contrarregra.

Aí pergunto-me se não era a hora de homologar a forma Há-braço…

Written by Francelino

30/12/2008 at 17:59

Eram comunistas e nem sabiam

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É pessoal. Podem fazer essa cara de “Santamãe, Batman! Mais uma teoria!”, pois vem aí mesmo mais uma teoria.Ou teoreta, como prefiro dizer, já que é tão curta quanto uma anedota de salão.
Vamulá: quem por aqui não faltou muitas aulas de história/geografia/geopolítica do primeiro ou segundo graus (ensino fundamental ou médio, como se diz por estes tempos)deve se lembrar do período estudado entre 64-88, os tais “anos de chumbo”. Dizem ter sido anos em que abriu a boca, tomava chumbo. Hoje há uma diferença básica. Você toma chumbo só quando consome comida industrializada, ou se mora em alguma cidade com mais de 100 habitantes. Nada como a democracia, essa palavrinha que em bom português não é nada mais do que “grego”.

Foram tempos em que havia um inimigo mortal a ser combatido: o comunismo. Um monstro terrível que pela ideologia da época comia criancinhas… E assim, os militares que haviam subido ao poder à base da malandragem e revanchismo e boas puxadas de tapete decretaram essa caça às bruxas sem nem mesmo existir comprovadamente, comunistas aqui no Brasil. E se existissem, que mal poderiam fazer? Comer crianças parece muito cartunesco, mesmo em tempos de escândalos de pedofilia em instituições acima de qualquer suspetia.

O fato é que naquela época, o povo, tão ignorante quanto os milicos, davam voz à esta abobrinha. Havia de se conter o avanço do comunismo. O que se seguiu em grande parte foram dedurações por parte de gente desafeta que denunciava conhecidos ou colegas de trabalho como comunistas sem que estes nem o fossem. Tudo pra ver o tombo do sujeito e as notícias no jornal no dia seguinte, com mais um pobre infeliz que havia se suicidado com dois ou três tiros disparados contra a própria cabeça (!).

Pega! Pega o comunista! -Peraí! Ele também é soldado... -Ih... é? Peeegaa!

Bem, o que os milicos não sabiam dessa ação toda de combate, é que eles estavam fazendo do Brasil um país comunista, achando que estavam na verdade banindo-o daqui.

Senão, vejamos:

1 – Protecionismo comercial era coisa de comunista.
Curiosamente, tínhamos por aqui reserva de mercado pra praticamente tudo: informática, alimentos industrializados, tecnologia, carros…

2 – Censura prévia era coisa de comunista.
Essa nem preciso comentar.

3 – Pane et Circensis era coisa de comunista.
Por aqui, o futebol e as copas de mundo eram usadas como máquinas para venda da imagem positiva do militarismo.

4 – Estado atuando demais no mercado era coisa de comunista.
Vejam só: havia uma estatal para a produção de café, o IBC – Instituto Brasileiro do Café; A SUDAM, SUDENE E SUDECO, superintendências que teoricamente seriam pra desenvolver o norte/nordeste e centro-oeste do Brasil. Na prática, serviram pra criar currais eleitorais e fortalecer oligarquias.
Havia a Telebrás, na telefonia. Telefone era artigo de luxo. Mas era totalmente seu. Você comprava ações da empresa e ele era unicamente seu. Era um objeto financeiro e era seu. Hoje, você é no máximo dono de uma conta mal-explicada e com cobranças suspeitas.

5 – Carros que mais pareciam carroças era coisa de comunista.
Bom, nossos carros continuam caros e pelados. Mas antes eram caros, pelados e ruins. Duvidam? Os primeiros carros a desembaracarem por aqui, em 1991, eram russos e a Rússia tinha recém derrubado sua cortina de ferro. Os carros deles eram ruins. Muito ruins. Mas ainda competiam com os nossos.

Hoje, os carros chineses são ruins. Mas competem e até ganham dos nossos.

6 – Doutrinar as crianças era coisa de comunista.
Nas escolas, havia o OSPB – Organização Social e Política Brasileira. Uma disciplina que nada mais servia pra repetir o mantra do manda quem pode –milico, obedece quem tem razão –povo civil. Esse câncer foi removido das escolas, mas continua sendo repetido nos quartéis pra molecada que entra a cada ano no serviço militar.

Por essas razões, digo que no período militar o Brasil foi um país comunista de mercado. Mas de mercado fechado. Tudo o que nos chegava, chegava com uns bons anos de atraso e qualidade ruim. A versão verdadeira dos fatos era a da Tv e nem preciso dizer que TV era essa…

Esse era o Brasil de meus pais e de certa forma, de meus primeiros anos, já que nasci em 1982 e na época o interventor (ou outro nome que se dê a isso) era João Figueiredo.

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Em tempo: Nossa primeira enquete estréia hoje. Vota aí. Você não vai fazer nada mesmo…

Written by Francelino

24/12/2008 at 15:16

Publicado em Falando Blogagens...

Fé demais… não cheira bem – ou fé cega, faca amolada

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EX-PARALÍTICO e EX-MUDO... Você não leu errado!

 

É isso mesmo: EX-PARALÍTICO e EX-MUDO… Você não leu errado!

 

Certa vez, quando estava às voltas com meu trabalho de conclusão de curso, isso lá nos idos de 2005, tinha cogitado entre os 13 (sim, TREZE) temas possíveis que poderia desenvolver falar, sobre a convicção, esta força tamanha que produziu ao correr dos séculos muitas das coisas que estão nos livros de história. Sim, por que foi um sujeito convicto de que exterminar judeus, deficientes e outros tidos como “inferiores” seria a solução da lavoura alemã. Esse convicto foi o sósia de Chaplin: Hitler. Claro que Adolfito não tinha a genialidade de Carlitos, nem Chaplin era efedepê como o austríaco ditador. Mas o sabichano tinha convicção. Sentia-se certo e corretíssimo no que propunha.

O mesmo pode-se dizer de Henry Ford. Não… Ford não era autor-diretor-ator de cinema mudo nem nazista, pelo menos até onde sua biografia conta. H. Ford foi o sujeito que teve a idéia luminosa de que produzir carros em linha de montagem seria um negoção e tanto pra ele, pra humanidade e pro capetalismo, digo, capitalismo. E tudo foi fruto de convicção. Pois, se não fosse convicto, ele certamente se sentiria p****to por já ter um tanto mais de 30 anos, depender exclusivamente do trabalho remunerado de sua esposa e não ter nenhuma ocupação, fora a de que iria construir um carro. Se ele tivesse desistido, hoje um carro popular custaria mais de R$ 20 mil. Bem, no Brasil, um carro pelado dito popular custa muito mais que isso. Mas se deve aos 40% de impostos sobre o preço final do veículo.

Outro caso bem latente da tal convicção foi o que ocorreu em 11/9/2001. Quando os dois aviões atingiram os prédios do World Trade Center, o que estava a bordo, além de tripulação e terroristas era a convicção daqueles sujeitos que acreditavam piamente que aquele ato era uma mostra da materialização do ódio semeado pelos EUA e retribuído mundo afora pelos países e povos explorados pelos estadunidenses.

Convicção é tudo. Ela é que motiva a mudança. A ousadia pelo novo. As noites mal-dormidas, o dinheiro gasto e não recuperado. O eureka ao final de tudo.

Nessa minha possibilidade de tese a ser levantada, ia explorar de leve, a fé. Pois a fé é também convicção. Vide os casos não explicados pela medicina e ciência de pacientes em situação prentensa irreversível e que miraculosamente são curados. Isso pode ser efeito placebo. Mas é fé. É convicção.

E dia desses, passando pela Rua 13 de maio, próximo ao centro de Campo Grande, onde moro, vi o cartaz do qual tirei foto com meu celular e usei para ilustrar esta postagem. Me chamou a atenção o “ex-paralítico”, “ex-mudo”… Me chamaria ainda mais a atenção o fluxo de gente que esse iluminado aí teria movimentado pra dentro da tal igreja.

As pessoas que foram lá pra vê-lo devem ter sido muitas. E todas foram por fé. Convicção. Desespero. Curiosidade. Ou que, como eu, queria ir só pra ver se de fato o texto do cartaz era verdade os céticos…

Esse fulano do cartaz é um convicto. O seu público também. E eu, idem. Cada um com sua convicção.

PS: Tenho amigos de toda comunidade religiosa. Até ateus e agnósticos. Este texto de forma alguma serve pra ofender a este ou aquele. Só serve mesmo pra refletir.

Written by Francelino

14/11/2008 at 00:02

O quase-título de Massa…

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Felipe Massa envergando seu macacão verdamarelo numa clara homenagem à Austrália, que, como todos sabem, tem como cores pátrias no esporte o verde-amarelo e é tradicional nos esportes a motor.

Felipe Massa envergando seu macacão verdamarelo numa clara homenagem à Austrália, que, como todos sabem, tem como cores pátrias no esporte o verde-amarelo e é tradicional nos esportes a motor.

Calmalá, gurizada! Quase título de Massa não se refere à culinária italiana. Longe disso, não me envolverei em discutir a gastronomia da ilha da bota. O que trago aqui, nestas muito mal digitadas linhas de texto é uma pequena teoreta – uma teoria realmente pequena, entendem? Neologismo meu, he,he:

A teoria, de conspiração, diga-se logo, trata do fato do quase campeonato de Felipe Massa, piloto brasileiro de Fórmula 1 e aspirante a aspirante (escreva aqui aspirante a que:_____________). Naquele domingo fatídico, leia-se o 2 de novembro, Dia de Finados e feriado mundão afora, Filipito, para os brothers, estava láááa na frente, em seu tomatino bólido vermelho, em primeirão e na pole por ter sido o mais rápido entre os apressadinhos.

Tudo poderia estar traçado ali mesmo. Mas… eis que a teoria de conspiração começa a engrenar:

Pouco antes do início da corrida do GP Brasil, em Interlagos, ocorre a já tradicional e cívica apresentação do hino nacional. Confesso eu que nunca antes na história deste país havia visto execução de hino pátrio sendo transmitida pela tv antes de um GP de F1. Até aí nada de mais, afinal, qual o problema de se executar a música mais antiga em solo brasileiro e que menos de um por cento da população consegue cantar sem erro? Nenhum, diria eu e diria você amigo internauta.

Mas pensemos….

Pensemos um tanto mais…

Bom, chega. Já pensamos muito. Se não ligou o nome da pessoa ao fato, diria eu em minha teoria de conspiração que foi ela Fafá de Belém a causadora da frustação do título de Felipe Massa. Fafá que cantou o hino / que depois choveu no autódromo / que depois choveu, secou, choveu / que fez Hamilton cair pra 7° / que o fez pular para 6° / que ultrapassou Glock, que apesar de italiano, se comportou como um cavalo paraguaio / que estropiou as chances de Filipito ser o campeão da F1 de 2008.

Agora, é contigo. Deixe suas conclusões nos coments.

PS: Nada tenho contra a Fafá. Nem tenho $ pra uma indenização. Nada aqui corresponde à realidade.

Written by Francelino

05/11/2008 at 00:16

Re-voltando

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Cá estou eu novamente, a escrever um weblog. Vejamos até onde vai isso. Nem tão popular quanto Capisomem, nem tão obscuro quanto o Fimdemundo.

Sejam todos bem vindos. Comentários também são deveras bem-vindos.

Fale bem, fale mal, xingue, espezinhe, escarceie, puxe o saco, peça algo, ofereça algo, mas comente.

Written by Francelino

30/10/2008 at 17:36