Hans Zinza: Ranzinzices contra tudo e a favor de quase nada

Hans Zinza: o Filósofo Faminto ainda vive!

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Perguntar não ofende….

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Trabalhei como fotógrafo nesta quinta-feira, 19/3, na Assembléia Legislativa.

Presenciei o Sr. Exmo porteiro daquele local advertindo um profissional trajado de uniforme (que inclui boné) e que ia participar da sessão como convidado especial. O cidadão ordena ao convidado que tirasse o boné, em respeito à casa.

Lá dentro, no entanto, os distintos dePUTAdos ficaram todo o tempo da sessão num fuzuê do inferno, botando o papo em dia, falando em voz alta ao celular.

Daí pergunto: respeito à que?

Fé demais… não cheira bem – ou fé cega, faca amolada

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EX-PARALÍTICO e EX-MUDO... Você não leu errado!

 

É isso mesmo: EX-PARALÍTICO e EX-MUDO… Você não leu errado!

 

Certa vez, quando estava às voltas com meu trabalho de conclusão de curso, isso lá nos idos de 2005, tinha cogitado entre os 13 (sim, TREZE) temas possíveis que poderia desenvolver falar, sobre a convicção, esta força tamanha que produziu ao correr dos séculos muitas das coisas que estão nos livros de história. Sim, por que foi um sujeito convicto de que exterminar judeus, deficientes e outros tidos como “inferiores” seria a solução da lavoura alemã. Esse convicto foi o sósia de Chaplin: Hitler. Claro que Adolfito não tinha a genialidade de Carlitos, nem Chaplin era efedepê como o austríaco ditador. Mas o sabichano tinha convicção. Sentia-se certo e corretíssimo no que propunha.

O mesmo pode-se dizer de Henry Ford. Não… Ford não era autor-diretor-ator de cinema mudo nem nazista, pelo menos até onde sua biografia conta. H. Ford foi o sujeito que teve a idéia luminosa de que produzir carros em linha de montagem seria um negoção e tanto pra ele, pra humanidade e pro capetalismo, digo, capitalismo. E tudo foi fruto de convicção. Pois, se não fosse convicto, ele certamente se sentiria p****to por já ter um tanto mais de 30 anos, depender exclusivamente do trabalho remunerado de sua esposa e não ter nenhuma ocupação, fora a de que iria construir um carro. Se ele tivesse desistido, hoje um carro popular custaria mais de R$ 20 mil. Bem, no Brasil, um carro pelado dito popular custa muito mais que isso. Mas se deve aos 40% de impostos sobre o preço final do veículo.

Outro caso bem latente da tal convicção foi o que ocorreu em 11/9/2001. Quando os dois aviões atingiram os prédios do World Trade Center, o que estava a bordo, além de tripulação e terroristas era a convicção daqueles sujeitos que acreditavam piamente que aquele ato era uma mostra da materialização do ódio semeado pelos EUA e retribuído mundo afora pelos países e povos explorados pelos estadunidenses.

Convicção é tudo. Ela é que motiva a mudança. A ousadia pelo novo. As noites mal-dormidas, o dinheiro gasto e não recuperado. O eureka ao final de tudo.

Nessa minha possibilidade de tese a ser levantada, ia explorar de leve, a fé. Pois a fé é também convicção. Vide os casos não explicados pela medicina e ciência de pacientes em situação prentensa irreversível e que miraculosamente são curados. Isso pode ser efeito placebo. Mas é fé. É convicção.

E dia desses, passando pela Rua 13 de maio, próximo ao centro de Campo Grande, onde moro, vi o cartaz do qual tirei foto com meu celular e usei para ilustrar esta postagem. Me chamou a atenção o “ex-paralítico”, “ex-mudo”… Me chamaria ainda mais a atenção o fluxo de gente que esse iluminado aí teria movimentado pra dentro da tal igreja.

As pessoas que foram lá pra vê-lo devem ter sido muitas. E todas foram por fé. Convicção. Desespero. Curiosidade. Ou que, como eu, queria ir só pra ver se de fato o texto do cartaz era verdade os céticos…

Esse fulano do cartaz é um convicto. O seu público também. E eu, idem. Cada um com sua convicção.

PS: Tenho amigos de toda comunidade religiosa. Até ateus e agnósticos. Este texto de forma alguma serve pra ofender a este ou aquele. Só serve mesmo pra refletir.

Written by Francelino

14/11/2008 at 00:02